Ensinar disciplina e estabelecer limites na infância é uma das tarefas mais difíceis para pais e mães, especialmente para aqueles que precisam conciliar trabalho e família. É normal que eles sintam-se propensos a fazer a vontade dos filhos com mais frequência. Passar o dia longe e dizer “não” ao chegar em casa é uma tarefa árdua, mas é importante não deixar qualquer sentimento de culpa falar mais alto.
A responsabilidade de ensinar os filhos a lidarem com as frustrações da vida desde pequenos é alta, mas não é uma tarefa impossível. Diálogo, paciência e orientações semelhantes vindas da mãe e do pai são um bom começo para se dar bem nesse desafio.
Qual a importância de estabelecer limites na infância?
Pais que receberam limites de forma autoritária tendem a ser mais flexíveis com relação a isso com seus filhos. Por outro lado, aqueles que receberam pouco ou nenhum limite, não sabem como transmiti-lo pelo simples fato de também não o terem recebido. A grande lição aqui é encontrar a forma mais equilibrada possível de fazer isso.
Ninguém é capaz de se educar sozinho, principalmente quando se trata de uma criança. Os limites apresentados pelos pais devem ser encarados como uma rede de segurança. Eles demonstram que aquelas pessoas se importam e zelam por aquele filho e isso será percebido pela criança ao longo de sua vida.
Quais as consequências de não impor limites na infância?
A imposição de limites está bastante relacionada à forma com que a criança lida com as suas frustrações. Crianças acostumadas a terem toda as suas vontades atendidas terão necessidade de manter o domínio constante e isso acarretará ainda mais decepções.
Quando a criança não aprende os limites de suas atitudes na infância, as consequências disso podem ser sentidas ao longo de toda a sua vida. Na escola, ela terá dificuldades por não saber respeitar o espaço dos outros; quando adolescente, poderá achar normal burlar regras e normas; na vida adulta, não conseguirá lidar com adversidades no ambiente profissional.
Como estabelecer esses limites?
Paciência e diálogo são fundamentais para que se consiga estabelecer limites na infância. Lembre-se que as crianças costumam imitar os pais e ela está aprendendo a lidar com suas primeiras frustrações.
Estabelecer uma rotina com regras que não podem ser negociadas também é uma forma eficiente de definir limites. Se a criança tem uma hora certa para dormir, essa é a regra e você não será um tirano por não dar uma opção de escolha naquele momento.
Explicar as razões para algo ser negado ou para a existência de uma regra também funciona. Experimente falar sobre a necessidade de colaboração ao pedir para que a criança recolha seus brinquedos ao invés de verbalizar apenas um “porque sim” ou um “porque eu quero”.
E quando o diálogo não resolve?
O castigo ou outras formas de punições podem ser a saída quando o diálogo não surte o efeito desejado. Castigar pode ser entendido como uma forma de privar a criança de algo que ela gosta para que ela entenda a existência de regras e limites.
Esse reforço a atitudes negativas deve ocorrer imediatamente na hora da ação que merece castigo. A criança pode facilmente esquecer o que aconteceu e associar a punição a outro ato. Castigos também não devem ser negociados — se o acordo era ficar sem assistir à televisão até às 17 h, você deve ser firme na sua palavra.
Ameaças, punições mais severas e palmadas não são aconselhadas. Tais atitudes podem inibir certos comportamentos das crianças, mas estarão centrados no medo e não no respeito. Além disso, como já falamos, os pequenos têm o costume de reproduzir o que aprendem em casa e isso pode desencadear uma maior agressividade na criança.
Agora que você já sabe qual a importância e como estabelecer limites na infância, compartilhe este post nas suas redes sociais para que mais pais e mães também possam tirar as suas dúvidas.