Os personagens mais inspiradores das histórias infantis

Você já pensou no quanto que personagens de histórias infantis podem influenciar no dia a dia de nossas crianças? Neste post, procuramos selecionar alguns personagens que são exemplos positivos e inspiradores para os pequenos, principalmente se o assunto é esperteza, astúcia e inteligência.

Menino Maluquinho, o alegre

O personagem das histórias de Ziraldo é bem brasileiro e cheio de energia para gastar. Ele usa de sua rica imaginação para viver grandes aventuras com seus amigos. Apesar de ser um “causador de problemas”, ele é sempre alegre e criativo. Nos livros, a história do Menino Maluquinho destaca a importância de se entender a ingenuidade das crianças.

Chapeuzinho Vermelho, a astuta

Uma história muito conhecida entre as crianças e que pode ser repetida sem cansar. Chapeuzinho Vermelho é uma menina corajosa e dedicada aos seus afazeres. Ajuda sua mãe levando uma cesta para a vovó e é enganada pelo lobo, que a desvia do seu caminho. Mas Chapeuzinho não se amedronta e usa de sua astúcia para descobrir os planos do vilão. Assim como em outros contos de fada, esta história termina de forma feliz e com alguma lição para a vida.

Alice, a sonhadora

Personagem do livro Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, que foi adaptado para os cinemas pela Disney, Alice é uma menina curiosa e imaginativa. Sua sabedoria faz com que ela sonhe com um lugar só seu, com todas as suas fantasias. Na história, Alice aprende muito com os erros e a sua mania de achar que sabe mais que os outros, mesmo assim, ela é um exemplo de educação, respeito, honestidade e, principalmente, criatividade.

Narizinho, menina meiga

Personagem que faz parte da grande obra de Monteiro Lobato, o Sítio do Pica Pau Amarelo, Narizinho se destaca entre muitos outros personagens únicos por ser uma menina meiga e simples. Sempre estimulada pelas histórias contadas por sua avó, Dona Benta, a menina tem no livro “As reinações de Narizinho” a chance de ter seu próprio reino, onde ela adora inventar brincadeiras muito criativas e inteligentes.

Pequeno Príncipe, o questionador

Um livro que com certeza você já ouviu falar, lido há anos por pais e filhos que procuram no pequeno principezinho respostas sobre a vida. Ideal para adolescentes que passam por conflitos quanto às mudanças do corpo e da mente. O personagem, questionador e reflexivo, ensina muito a respeito do mundo.

Histórias e personagens infantis devem inspirar

Os personagens infantis podem ser crianças, bichos falantes ou até mesmo bonecas cheias de opinião – o mais importante é que suas histórias sejam envolventes e atraiam a atenção das crianças.

Incentivando a leitura dentro de sua casa, você permite que seu filho crie mundos fantásticos e aprenda com a Literatura. Escolha personagens infantis que enfrentem situações que irão ajudar no crescimento da criança e, principalmente, prepará-la para a vida. Quer receber mais dicas e ideias de leitura para seus filhos? Assine a nossa newsletter e não perca nenhuma novidade!

5 tipos de histórias infantis para cada idade

As histórias são viagens que fazemos sem precisar sair do lugar. São, ao mesmo tempo, momentos de entretenimento e conhecimento. Uma criança, que ouve ou lê uma história, desenvolve a capacidade de imaginar cenários, falas e movimentos dos personagens. Porém, cada faixa etária tem estilos e necessidades específicas a serem consideradas no momento da escolha de uma história.

É preciso compreender o mundo das crianças e conhecer os tipos de histórias infantis adequados para cada idade, pois, nesse caso, escolher bem é ter a certeza de possibilitar à criança conhecer um mundo que realmente faça diferença para o seu desenvolvimento. Para te ajudar, neste post, apresentaremos um rol de histórias infantis segmentadas por faixa etária.

1. Até os 3 anos: de simples gravuras a pequenas fábulas 

A partir de um ano e meio, as histórias infantis começam a fazer parte do universo da criança, mas, mesmo antes disso, já é possível mostrar alguma gravura com imagens de bichinhos e desenhos criativos. Ela aprenderá a nomear os objetos e começará a se adaptar com o ambiente de leitura e de transmissão de histórias. Aqui, a criatividade da mãe é importante na hora de contar uma história simples, mas que complete o sentido da gravura que o pequenino está vendo. 

A partir de um ano e meio até os três anos de idade, as histórias infantis devem ser curtas e contar com uma descrição detalhada do enredo. Repita as falas, os personagens, os elementos de causa e ressalte o humor e o mistério. Dê preferência para as fábulas, pois ajudam a prender a atenção da criança com as pequenas falas de bichinhos e outros seres. 

2. De 3 a 5 anos: fábulas com roteiros mais definidos

As crianças dessa faixa etária continuam gostando de fábulas, As obras dos irmãos Grimm, por exemplo, são uma boa dica. Trazem animais, plantas e outros seres inanimados falando na história, mas o enredo já é mais definido, ou seja, possui começo, meio e fim, o que já começa a fazer sentido para esse público. Além disso, os contos de fadas costumam ser lembrados por muito tempo, inclusive quando nos tornamos adultos.

3. De 5 a 7 anos: textos mais próximos da realidade do leitor

As fábulas ainda são bem-aceitas nessa fase. Talvez nunca deixem de ser. Contudo, a dica é dar um próximo passo, escolhendo enredos com ambientes e realidades mais conhecidos pela criança: como escola, a casa, o sítio, a praia, familiares e amigos, entre outros. Revistas em quadrinhos e pequenas histórias de aventuras costumam ser bem atrativos nessa época e já é possível estimular a criança a ler sozinha, com acompanhamento, claro. 

4. De 7 a 9 anos: imaginação sem fronteiras

Essa é uma fase em que a imaginação vai mais além: os sonhos de criança se desdobram e começa a busca por algo grandioso. Fantasias e invenções estão na tônica do tipo de história infantil que prende a atenção da criança dessa faixa etária. Monteiro Lobato, Ziraldo, Mário Quintana e Pedro Bandeira são apenas alguns autores capazes de explorar esse lado imaginativo das crianças. 

5. De 9 a 12 anos: mix de imaginação e realidade

As fantasias continuam em alta nessa fase de pré-adolescência, mas já se misturam com as histórias reais e de ficção científica. Livros de contos e crônicas devem ser incentivados. Que tal oferecer ao seu filho a oportunidade de explorar novos enredos e histórias de viagens, mitologia, lendas e humor. Vale muito a pena incentivá-lo a conhecer histórias reais de invenção, perpetuadas ao longo dos anos. 

As histórias infantis são o ponto de partida para estimular a imaginação, o desenvolvimento pessoal e a intelectualidade das pessoas. Algumas, como as fábulas, trazem uma lição moral. Cabe aos pais oferecer a oportunidade desse contato que, vale a pena reforçar, pode acontecer por meio de gravuras, livros e, especialmente nos primeiros anos da criança, através da contação de histórias.

Gostou do post? Tem alguma dúvida ou sugestão sobre histórias infantis? Compartilhe seus comentários aqui e ajude-nos a enriquecer o mundo da criançada. 

A Rainha das Abelhas [ Irmãos Grimm]

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[ Conto de autoria dos irmãos Grimm, traduzido do original por Ruth Salles ]

 

Certa vez, dois filhos de rei saíram em busca de aventuras e se entregaram a uma vida tão desregrada e dissoluta que nem se lembravam de voltar para casa. O mais moço, que era chamado de Bobo, saiu à procura de seus irmãos; quando finalmente os achou, só ouviu caçoadas, porque, sendo tão ingênuo, pensava em vencer na vida, enquanto eles, muito mais espertos, não tinham conseguido.

    Os três puseram-se a caminho juntos e chegaram a um formigueiro. Os dois mais velhos quiseram remexer nele para ver as formigas fugirem alvoroçadas carregando os próprios ovos, mas o Bobo lhes disse:
    – Deixem os bichinhos em paz, eu não suporto que vocês lhes façam mal.
    Então eles continuaram andando e chegaram a um lago onde nadavam muitos, muitos patos. Os dois irmãos queriam pegar alguns para assar, mas o Bobo não consentiu e disse:
    – Deixem os bichinhos em paz, eu não suporto que eles sejam mortos.
    Por fim, chegaram a uma colméia, onde havia tanto mel que escorria pelo tronco da árvore. Os dois quiseram acender fogo embaixo para sufocar as abelhas e poder tirar o mel. O Bobo tornou a impedir, dizendo:
    – Deixem os bichinhos em paz, eu não suporto que eles sejam queimados.
    Afinal, os três irmãos chegaram a um castelo. Nas cavalariças havia cavalos de pedra, e não aparecia pessoa alguma. Eles passaram por todas as salas até que, no fim, encontraram uma porta com três fechaduras. No meio da porta havia, porém, um buraquinho por onde se podia espiar o aposento. Viram lá dentro um homenzinho grisalho, sentado diante de uma mesa. Eles o chamaram uma, duas vezes, mas o homenzinho não ouviu. Quando o chamaram pela terceira vez, ele se levantou, abriu as fechaduras e saiu. Não disse uma palavra, mas os levou a uma mesa ricamente preparada. Tendo os três comido e bebido, ele conduziu cada um a seu quarto de dormir.

    Na manhã seguinte, o homenzinho grisalho chegou-se para o mais velho, acenou chamando-o e o guiou até uma placa, onde estavam escritas três tarefas que poderiam desencantar o castelo. A primeira dizia que no bosque, debaixo do musgo, estavam as pérolas da filha do rei, em número de mil, que precisariam ser catadas; e, ao pôr-do-sol, se ainda faltasse só uma, a pessoa que as procurava se transformaria em pedra. O mais velho foi e procurou o dia inteiro. Como, porém, o dia chegou ao fim e ele tinha achado só cem pérolas, aconteceu o que estava escrito na placa, e ele se transformou em pedra. No outro dia, o segundo irmão assumiu a tarefa, mas não se saiu melhor que o mais velho, pois só achou duzentas pérolas e ficou transformado em pedra. Por fim chegou a vez do Bobo, que procurou no musgo; mas era tão difícil encontrar as pérolas e demorava tanto, que ele se sentou numa pedra e chorou. Nisto, apareceu o rei das formigas, cuja vida ele salvara. Vinha acompanhado de cinco mil formigas. Não demorou muito, e os bichinhos acharam todas as pérolas e as amontoaram ali. Mas a segunda tarefa era ir pegar, no fundo do lago, a chave do quarto da filha do rei. Quando o Bobo chegou ao lago, vieram nadando os patos que ele uma vez salvara, mergulharam e pegaram a chave lá no fundo. A terceira tarefa era a mais difícil, pois das três filhas de rei que estavam dormindo ele devia escolher a melhor. Elas eram, porém, completamente iguais, não tendo nada que as distinguisse uma da outra, a não ser por terem comido, antes de dormir, três doces diferentes: a mais velha, um torrão de açúcar; a segunda, um pouco de melado; a mais moça, uma colherada de mel. Então chegou a rainha das abelhas, que o Bobo havia protegido do fogo, e foi provando da boca de todas três; por fim ficou pousada na boca da que havia comido mel, e assim o Bobo reconheceu qual era a filha de rei certa. Com isso, o feitiço se desfez, tudo no castelo despertou daquele sono, e quem tinha virado pedra retomou sua forma. O Bobo se casou com a mais jovem e melhor filha do rei e, depois que o pai dela morreu, ele ficou sendo o rei; seus irmãos, porém, casaram-se com as outras duas irmãs.

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Dedique sempre que possível alguns minutos para contar histórias antes de dormir.
Descubra aqui a importância delas na infância!

“Disse que queria ser tão corajoso quanto o seu avô, que pilotava aviões”

Nos emocionamos com um desenho e um relato que recebemos.

Partilhamos aqui com vocês o significado tão especial que existe quando a criança se expressa através do desenho livre.

Recebemos o desenho do Mateus para transformar num jogo de lençol personalizado. Junto com o desenho, sua mãe nos contou a história deste garoto de apenas 7 anos.
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“Mateus desenhou um foguete voando entre nuvens no céu. Disse que queria ser tão corajoso quanto o seu avô, que pilotava aviões. Ele sempre contava ao menino que lá de cima via as casas pequenininhas, as pessoas eram como formiguas, os carros e cidade ficavam tão minúsculos que quase cabiam na palma de sua mão. E era isto que o fazia se sentir forte e corajoso para enfrentar tudo.”

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O garoto fez uma homenagem ao avô, que não está mais presente, mas que certamente continua observando tudo lá de cima!

História assim, carregadas de emoção é que nos fazem acreditar e seguir em frente trabalhando para incentivar crianças a serem criativas, livres e confiantes.

Descubra a importância de ler para uma criança

Considerada uma das atividades mais antigas do ser humano, a leitura e a contação de histórias são importantes hábitos para o desenvolvimento das pessoas. Além de estimular a imaginação e incentivar o desenvolvimento das crianças, as histórias promovem outros benefícios incríveis para eles, que servirão como base para o crescimento.

Mesmo quando os filhos ainda estão nos primeiros meses de vida, a leitura é importante e recomendada. É claro que devemos ficar atentos e escolher histórias adequadas para a idade e que de alguma forma chame a atenção do bebê.

Quer saber outros bons motivos para você ler para as crianças? Então acompanhe!

Inserção no mundo da arte e da literatura

A leitura de histórias faz com que as crianças mergulhem de cabeça no imaginário e sejam inseridas no mundo da arte. Para que isso aconteça, a narrativa deve ser feita de forma bastante lúdica e descontraída, com gestos, expressões e elementos artísticos que despertem nas crianças o interesse e a integração com a história contada.

Momento de recreação e interação entre as crianças

Um dos principais objetivos de se contar histórias para as crianças é o lazer. É claro que essa atividade traz muitas outras vantagens para os pequenos, mas não podemos esquecer dos momentos de recreação e integração que ela proporciona. Se realizada da forma correta, aí é que as crianças interagem e fazem da brincadeira um divertimento sem limites.

Desenvolvimento da linguagem e ampliação do vocabulário

É ouvindo histórias que as crianças aprendem e começam a entender as diferentes formas de linguagem e o nosso amplo vocabulário. A maneira como a leitura é feita deve ser considerada, para que a criança compreenda a história e desenvolva o seu vocabulário, aprendendo novas palavras e seus significados. Por isso, algumas dicas podem ajudar a prender a atenção dos pequenos. Veja algumas:

  • Prepare o local onde a história será contada. Se necessário, decore o ambiente;
  • Escolha histórias que tenham relação direta com a criança;
  • Faça a narrativa de forma natural, utilizando gestos e alterando o tom da voz quando necessário;
  • Dê oportunidade para que as crianças também participem da narrativa;
  • Quando necessário, explique o significado das palavras.

Desenvolvimento cognitivo da criança

As histórias contadas aos pequenos têm um poder muito mais forte do que imaginamos. A prova disso são as funções cognitivas que são desenvolvidas pelas crianças durante as narrativas. Podemos citar: a comparação que é feita entre figuras e textos; as relações espaciais e temporais, levando em consideração que toda narrativa tem início, meio e fim; o raciocínio lógico; o pensamento hipotético; entre outros.

Além disso, as histórias são desenvolvidas de maneira que temas morais possam ser deduzidos nos gestos dos personagens, o que ajuda a construir a ética e a cidadania das crianças.

Momento de afetividade e proximidade entre pais e filhos

Atualmente, com a rotina atarefada de muitos pais, o tempo que se passa com os filhos é, infelizmente, cada vez mais escasso. Ainda quando todos estão em casa, existem “adversários” fortes, como o computador, a televisão e o celular, que impedem uma aproximação entre pais e filhos.

E é por isso que a leitura de histórias surge como uma ótima alternativa de interação e resgate da afetividade entre eles. Esse momento pode ser recheado de descontração, boas risadas, “olho no olho” e o enriquecimento da convivência entre pais e filhos.

Ler para uma criança é e sempre será uma excelente maneira de ajudarmos a formar cidadãos críticos, conscientes e com bons valores. A magia de uma história, como vimos, encanta a criança e desperta sua imaginação. E isso é uma boa base para o desenvolvimento de uma mente criativa e inovadora.

E então, gostou do nosso post de hoje? Deixe seu comentário e compartilhe suas experiências de leitura para as crianças!

Dicas para contar uma história

A historinha na hora de dormir tem inúmeras vantagens: acalma a criança, aproxima pais e filhos, ensina novas palavras e abre novos mundos para a criança. Há várias formas de contar:

… de um livro …
com figuras, mas pode também ser um livro para crianças mais velhas. A vantagem é que a linguagem acaba sendo diferente daquela que você usa no dia-a-dia, e a criança tem acesso a um vocabulário novo. Até a estruturação das frases e o ritmo do texto são diferentes, o que contribui para ampliar as habilidades linguísticas dela.

… de um filme ou desenho que ele goste …
seu filho vai gostar de reconhecer os personagens e você tem um “roteiro pronto” para seguir.

… da vida dele …
descreva como os pais se conheceram e começaram a namorar, como foi o dia em que ele nasceu, as peripécias de bebê.

… em tom repetitivo …
(repetindo as palavras, baixando a voz, para atrair o sono), dizendo, por exemplo, que depois de brincar com a Branca de Neve, o Soneca foi dormir, o Zangado foi dormir, o Dengoso foi dormir, o Atchim foi dormir, assim por diante. – com sorte, o seu personagem principal vai dormir também. ; )

Conto: “O mingau doce”

Selecionamos este conto clássico dos Irmãos Grimm para te inspirar. As crianças costumam adorar!



O mingau doce

Houve, uma vez, uma moça paupérrima, embora muito piedosa, que vivia só com a mãe.
Chegou um dia em que nada mais tinham para comer; então a moça foi à floresta em procura de alguma coisa e lá encontrou uma velha que conhecia a sua situação. Muito penalizada, a velha deu-lhe uma panelinha que bastava dizer: “panelinha, faz mingau” e logo a panelinha preparava um mingau doce, de farinha, que era uma delícia; e bastava dizer; “chega, panelinha!” e ela parava de fazer mingau.
A moça correu para levar a panelinha à mãe; desde, então, ficaram livres da fome e da penúria, e elas comiam mingau doce sempre que queriam.
Um dia em que a moça tivera de sair, a mãe disse: “faz mingau, panelinha!.” A panelinha pôs-se a fazer o delicioso mingau e a mãe comeu, comeu, até não poder mais. Agora queria mandar a panelinha parar mas não sabia a palavra convencional. E a panelinha continuou fazendo mingau, o mingau foi aumentando, aumentando, e transbordou, e encheu a cozinha, e encheu toda a casa, e encheu a casa da vizinha, e a casa sucessiva, encheu a rua e tudo o mais, como se quisesse alimentar o mundo inteiro, e ninguém sabia o que fazer para sair dessa entalada.
Faltava apenas encher uma última casa quando, finalmente, chegou a moça que disse:
– Chega, panelinha!
A panelinha logo parou de fazer mingau; mas quem quisesse ir à cidade, tinha que abrir caminho comendo mingau.